11 janeiro, 2017 | Posted in: Noticias, Sem categoria
Mestre Guto Lemos tira dúvida sobre BDSM, em um post bastante esclarecedor e de fácil aprendizado. Trata-se de leitura obrigatória para aqueles que estão iniciando nesse fetiche.
” limites e fetiches – grandes diferenças
January 10, 2017
Tenho visto com frequência pessoas na cena que se autodenominam submissos ou escravos mas na verdade estão mais para feticheiros/ praticantes. Um verdadeiro submisso tem como foco do prazer a situação da submissão e servir ao dominador em sessão. Obviamente os limites do submisso devem serem colocados e conhecidos por ambos os lados, assim como a palavra de segurança. Preferências são também importantes, mas aí que mora o problema, vários “escravos” QUEREM em sua sessão somente o que PREFEREM pra não dizer o que EXIGEM.
Mas percebo que os ditos “submissos” estão confundindo limites ( ou seja, práticas que por diversos motivos não topam fazer) pelos fetiches que querem (exigem?) ter realizados. Parecem clientes em um restaurante escolhendo os pratos e ainda dizendo ( acho que prefiro o item 3 sem cebola, o item 7 com molho extra e poderia trocar o sorvete de baunilha da sobremesa por abacaxi?). Bem acho que não preciso ir muito longe pra dizer que isso não é submissão. O foco é o fetiche, a submissão está sim num segundo plano.
Alguns lendo esse post podem se perguntar, ok, e daí? Daí que pelo menos o Dom precisa saber o que está acontecendo naquela cena, qual a nota principal da sessão.
Mas como ensinou Rita Lee, se o importante é gozar no final e ambos estão curtindo vale sim uma troca mútua e saudável de fetiches. Ainda mais em nosso país em que quase qq regra amolece no sol quente dos trópicos.
Só que nao vamos chamar o feticheiro de submisso, muito menos de escravo né? Vamos dar nome aos bois, assim quem sabe a gente perceba mais facilmente o que realmente está acontecendo. Qual o nome que eu sugiro no lugar então? Conversando sobre isso com meu amigo Mestre Brenno Furrier, gosto de um termo mais neutro que é chama-los de praticantes de BDSM.
Transcrevo abaixo a opinão do Mestre Brenno Furrier, que acho que acrescenta muito a discussão aqui:
” Achei excelente o debate de hoje, colocando opiniões gerais e pessoais.
Minha visão é muito parecida com a do meu amigo Mestre Guto Lemos, e acrescento que o BDSM é belo pq é largo.
Digo largo, pois aceita várias vertentes, vários “personagens”.
A submissão pessoal e psicológica que foi falada, para mim, é requisito exclusivo da DS (dominação e submissão) sem a ela, não existe a DS.
Mas não é o fato de a pessoa não ser submisso que não o torna praticante de BDSM, pois pode haver desejo por B de bondage, restrição ou M de masoquista, aquele que curta dor.
Esses praticantes na qualidade passiva, não são obrigatoriamente submissos. Submissão é um estado mental psicológico da pessoa, e não determinadas atividades ou atitudes que levam a pessoa a ser classificada como sub
. Muito complicado nomear os outros participantes que não são submissos, alguns chamam de slaves, escravos ou outros termos.
Pode um participante fazer sessões de humilhação, comer em tigelas e não ser um submisso, pois isso, como eu disse, é psicológico, é do coração.
Como também, pode um dominador ser amarrado, ou espancado, pois isso não o fará submisso ou slave, pois dominador é um estado de espírito, uma característica da pessoa.
Assim eu penso, lógico que haverá pessoas que pensam diferente.
Bjus
Brenno Furrier
fonte: http://www.mestregutolemos.com.br/single-post/2017/01/10/limites-e-fetiches—grandes-diferenças
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