30 janeiro, 2017 | Posted in: Noticias, Sem categoria
25 fatos sobre o BDSM que você não vai aprender em “50 Tons De Cinza”Esqueça Cinquenta Tons de Cinza. Aqui está a sua cartilha real sobre todas as coisas pervertidas.
1. Para começo de conversa, aqui está o que BDSM realmente significa:
BDSM inclui bondage e disciplina (B e D), dominação e submissão (D e S), e sadismo e masoquismo (S e M). Os termos são agrupados dessa forma porque BDSM pode ser um monte de coisas diferentes para pessoas diferentes, com diferentes preferências, a escritora de BDSM e educadora Clarisse Thorn, autora de The S&M Feminist, diz ao BuzzFeed Life. Na maioria das vezes, os interesses de uma pessoa caem em uma ou duas dessas categorias, em vez de todas elas.
2. Isso nem sempre envolve sexo, mas pode.
A maioria das pessoas acha que o BDSM está sempre ligado ao sexo, e enquanto ele pode estar para algumas pessoas, outras traçam grandes diferenças entre os dois. “Ambos são experiências corporais que são muito intensas e sensuais, e causam muitos sentimentos fortíssimos em pessoas que os praticam, mas eles não são a mesma coisa”, diz Thorn. A metáfora que ela usa para isso: uma massagem. Às vezes uma massagem, embora seja sensual, é apenas uma massagem. Para outros, uma massagem quase sempre leva ao sexo. Acontece quase o mesmo com o BDSM; é uma questão de preferência pessoal e sexual.
3. Não há nada inerentemente errado ou doentio com as pessoas que o praticam.
Este é um dos equívocos mais comuns e frustrantes sobre o BDSM, diz Thorn. O BDSM não é algo que emerge de abuso ou violência doméstica, e se engajar nessa prática não quer dizer que você gosta de abuso ou de abusar.
Em vez disso, desfrutar do BDSM é apenas uma faceta da sexualidade e estilo de vida de alguém. “São apenas pessoas comuns que por acaso se extravasam dessa forma”, a especialista em sexo Gloria Brame, Ph.D., autora de Different Loving, diz ao BuzzFeed Life. “São os seus vizinhos e seus professores, e as pessoas ensacando suas compras. O maior mito é o de que você precisa deste conjunto especial de circunstâncias. São pessoas normais que têm uma necessidade de que isso seja sua dinâmica íntima”.
4. Saiba que você pode sempre dizer não.
“Muitas pessoas começando acham que é ‘tudo ou nada’, especialmente se você tiver passado um tempo com apenas um parceiro”, diz Thorn. Por exemplo, você pode pensar que, porque gostava de ser submisso em determinadas circunstâncias, você deve concordar com toda uma série de comportamentos submissos ou masoquistas que você não necessariamente gosta.
Mas isso está absolutamente errado. Você pode — e deve — escolher quais atividades BDSM você está, ou não, interessado, diz Thorn. E isso pode variar dependendo da situação, do parceiro ou mesmo do dia. Basta lembrar que o consentimento é uma exigência no BDSM, e é possível concordar com uma coisa enquanto ainda se opõe a outra.
5. Praticantes de BDSM são tão estáveis emocionalmente quanto as pessoas que preferem o sexo “papai e mamãe”.
“Na minha experiência, é mais fácil para as pessoas entrarem no BDSM se elas não têm um histórico de abuso e se estiverem em um lugar mais estável em suas vidas”, diz Thorn. Um estudo de 2008 no Journal of Sexual Medicine descobriu que havia uma grande possibilidade entre as pessoas que se engajaram ao BDSM no ano passado de não terem sido coagidas em uma atividade sexual e de serem menos infelizes ou ansiosas do que aquelas que não praticavam BDSM. E, na verdade, os homens que se envolveram em BDSM apresentaram menores resultados de aflição psicológica do que outros homens.
Dito isso, praticantes de BDSM não julgam as pessoas que não gostam, explica Thorn. O termo “papai e mamãe” não foi usado aqui de forma depreciativa, apenas refere-se a atos sexuais não BDSM ou pessoas que não estão interessadas em perversão.
6. 50 Tons de Cinza é considerado muito constrangedor na comunidade BDSM.
Se você alguma vez encontrar-se em uma reunião ou masmorra BDSM, não mencione qualquer tom de cinza. Enquanto algumas pessoas apreciam que os livros estimularam mais interesse nestas práticas e que podem ter tornado isso menos estigmatizado, outras criticam a relação doentia e abusiva que o livro retrata e as cenas surreais. Em suma, não é uma representação precisa da comunidade BDSM.
7. Não são chicotes e correntes o tempo todo — ou nunca, se você preferir
Claro, alguns entusiastas de S e M podem ter estes objetos em seu arsenal, mas definitivamente não é o tipo de coisa que todos gostam. “Algumas pessoas preferem o que é chamado de ‘dominação sensual’, que é onde podem haver alguns brinquedos ou jogos, mas nenhuma dor envolvida”, diz Brame. “É mais como um parceiro concordar em fazer tudo o que a outra pessoa pede. O BDSM não tem que seguir qualquer padrão, e não há um modelo ideal para um relacionamento BDSM.”
8. Encontros BDSM são chamados de “cenas”
Mais uma vez, como nem sempre é sobre a relação sexual, você não necessariamente diria que “teve relações sexuais” ou “transou” com alguém depois de uma experiência BDSM. Em vez disso, isso é chamado de cena (como se você tivesse encenado algo com alguém ou que você teve uma cena).
“Isso é uma evolução a partir do momento em que, se você fez S e M, você pode fazê-lo apenas com um profissional por uma hora, ou você pode apenas vê-lo sendo realizado em um clube de BDSM”, diz Brame. “Agora as pessoas têm relações muito mais orgânicas, mas elas ainda chamam isso de uma cena — o momento em que descobrimos os brinquedos ou entramos nesse espaço vazio”.
9. Há dominantes, submissos, superiores e inferiores
Então você provavelmente já ouviu falar sobre dominantes e submissos (se não, o dominante gosta de estar no comando, enquanto o submisso gosta de receber ordens). Mas os praticantes de BDSM também podem utilizar os termos “superiores” e “inferiores” para descreverem a si mesmos. Um superior poderia se referir a um dominante ou um sadista (alguém que gosta de infligir dor), enquanto um inferior pode se referir a um submisso ou um masoquista (alguém que gosta de receber a dor). Isso permite que você tenha um termo geral para aqueles que geralmente gostam de estar tanto dando quanto recebendo em um encontro BDSM. E não há nenhuma regra que diz que você não pode ser tanto dominante quanto submisso em circunstâncias diferentes ou com diferentes parceiros.
10. Pode ser tão simples ou tão técnico quanto você quiser.
Talvez o pensamento de ser amarrado te excita, ou você gosta de espancar ou ser espancado. Ou talvez você está mais interessado em máscaras de couro e grampos de mamilo e na cera quente. Tudo isso (e, obviamente, muito mais) está dentro do reino do BDSM. Basicamente, você ainda pode gostar disso tudo sem realmente nunca ter ido a uma masmorra.
11. Antes de você ir além do MUITO básico, faça sua pesquisa.
Usar uma venda ou um cubo de gelo, ou algemas felpudas que você conseguiu em uma festa de despedida, são todos comportamentos de iniciante relativamente inofensivos, se você gostar deles. Mas antes de você brincar por aí com algumas das ferramentas mais complicadas, você precisa aprender a fazê-lo com segurança. Mesmo uma corda ou um chicote pode ser perigoso se você não sabe o que está fazendo.
Você pode até mesmo atrapalhar-se com suas próprias mãos (pense: penetração com as mãos): “[Algumas pessoas] acham que podem firmar um punho e colocá-lo dentro de alguém”, diz Brame. “Essa é uma boa maneira de realmente ferir alguém e enviá-lo para o hospital” (em vez disso, ela sugere uma “enorme quantidade de lubrificante” e começar com dois ou três dedos e, em seguida, lenta e cuidadosamente colocar a mão toda).
12. Sério, BDSM envolve MUITA leitura e aprendizagem.
Se você é uma daquelas pessoas que joga fora todos os livros de instruções e tenta construir a sua estante apenas na intuição, o BDSM provavelmente não é para você. “Eu diria que a grande maioria do que chamamos de educação BDSM é como maximizar o ecstasy e minimizar os riscos”, diz Brame. “Como fazer todas as coisas com as quais você fantasiou e fazê-las com segurança”.
Apesar de não haver uma lista de leitura obrigatória, parece que existe algumas favoritas que muitas vezes são recomendadas para iniciantes, como SM 101, por Jay Wiseman, Screw the Roses, Send Me the Thorns, por Phillip Miller e Molly Devon, e The New Bottoming Book e The New Bottoming Book, por Janet Hardy e Dossie Easton. [Nota do editor: Todos os livros são em inglês. Tem outros livros que você sugeriria? Por favor, adicione-os nos comentários!]
Aulas, conferências e encontros também são úteis para a aprendizagem de técnicas específicas, diz Thorn. Outro recurso popular é o FetLife.com, uma rede como o Facebook para a comunidade “pervertida” que pode conectar você com quadros de avisos, grupos e aula sem sua área.
13. É importante obter suas informações a partir de uma variedade de fontes.
Um erro que muitas pessoas cometem quando experimentam o BDSM pela primeira vez é contar com uma pessoa para mostrar-lhes o caminho. Mesmo que elas tenham as melhores intenções (e elas podem não ter), isso pode estar limitado a ter apenas uma perspectiva sobre algo que é multidimensional, diz Thorn. Em vez disso, busque livros, oficinas, encontros, guias, amigos, quadros de avisos e muito mais para encontrar um lugar seguro para explorar seus interesses.
“Quando você não pode falar sobre o que está acontecendo e você não pode ter noção de sua experiência outras pessoas que também gostam disso, isso se torna muito mais perigoso do que a variedade de coisas sobre BDSM com as quais você pode fantasiar”, diz Thorn.
14. Palavras de segurança são definitivamente importantes.
Pode parecer brega, mas é uma norma bem estabelecida no BDSM (e ei, sua palavra de segurança poderia realmente ser “brega” se você quiser. Você escolhe). “Palavras de segurança são, provavelmente, uma das normas mais importantes que se espalharam em toda a comunidade, mesmo que as pessoas as usem de maneiras diferentes”, diz Thorn. Por exemplo, nem todo mundo usa palavras de segurança o tempo todo depois de um tempo, mas é importante começar com elas. Elas podem, essencialmente, ser o que você quiser, desde que seja algo que você normalmente não diria durante o sexo. Você pode encontrar mais informação sobre as palavras de segurança aqui.
15. E em alguns eventos públicos, existem até mesmo monitores de segurança de plantão.
“Monitores de masmorra vão expulsar as pessoas que não estiverem praticando com segurança”, diz Brame. Isso pode ser qualquer coisa, desde ignorar palavras de segurança a usar um chicote de forma incorreta. Sério, mencionamos que a segurança é primordial aqui? Na verdade, a sigla SSC (seguro, são, consensual) é um dos pilares mais comuns da prática.
16. Não é tão espontâneo quanto os filmes de Hollywood ou pornô pressupõem que seja.
Ser levado pelo momento e tropeçar acidentalmente no quarto vermelho de um milionário (onde você vai ter orgasmos múltiplos) provavelmente não vai acontecer com você sempre. Mas isso não é necessariamente uma coisa ruim. “A fantasia sexual faz tudo parecer muito fácil”, diz Brame. “As pessoas que realmente fazem essas coisas são muito cautelosas sobre isso. Isso tem que ser no lugar certo e na hora certa e com o equipamento adequado. E você tem que saber que você pode retirar a pessoa [de qualquer servidão] se houver uma emergência. Você tem que sentir que pode confiar na pessoa. “Portanto, há muita coisa que entra em uma cena, mas isso não significa que seja menos gratificante para aqueles que gostam disso.
17. Há também, provavelmente, mais conversa envolvida do que há no (maioria) sexo “papai e mamãe”.
Sempre que as pessoas questionam o papel do consentimento no BDSM, elas devem considerar a enorme quantidade de comunicação que ocorre antes, durante e depois das cenas. “Falamos muito sobre isso antes de fazê-lo”, diz Brame. “Falamos sobre o que queremos fazer, o que vamos fazer, o que são as nossas fantasias… isso faz parte de negociar um bom relacionamento como um praticante de BDSM”.
18. Na verdade, existe um período de pré-negociação, em que os parceiros discutem o que eles gostam, o que não gostam e o que eles absolutamente não vão tolerar.
Pense nisso como a cartilha antes da cena. “É uma forma de discutir a experiência de antemão que pode aumentar a segurança emocional”, diz Thorn. Isso pode envolver qualquer coisa, de roteiros e listas de checagem, a uma discussão mais informal do que são as expectativas de cada pessoa para a cena, o que elas querem e não querem, e quaisquer palavras ou ações que estejam completamente além dos limites.
19. E depois vem os cuidados posteriores, o período da reunião de balanço que acontece assim que a cena termina.
Como o BDSM pode ser uma experiência extremamente intensa e emocional para alguns, a maioria dos especialistas sugere fortemente este passo de pós-cena, em que os parceiros possam discutir a cena e quaisquer reações que tiveram nela. “As pessoas são extremamente vulneráveis durante o pós-cena”, diz Thorn. “Pode ser realmente estranho ter uma cena sem isso”. Isso também pode ser uma forte experiência de ligação entre os parceiros.
20. Praticantes de BDSM podem ser monogâmicos, poligâmicos ou seja lá o que eles quiserem.
Nem todo mundo que está interessado em BDSM tem múltiplos parceiros sexuais ou de relacionamento. “Isso costumava ser uma percepção popular de que nós não formamos relacionamentos de longo prazo”, diz Brame. “Vários praticantes de BDSM são pessoas monogâmicas. Um monte de gente quer praticá-lo apenas com o seu parceiro ou brincar com os brinquedos grandes em clubes”.
21. Há muitos tipos diferentes de chicotes.
Esta não é uma perversão que é igual para todo mundo. Há chicotes leves, de couro, com caudas individuais, com várias caudas planas e largas, e a lista continua, diz Thorn. Mas como certos tipos podem ser mais duros do que outros, você realmente precisa aprender a usá-los corretamente (mais uma vez, as oficinas são cruciais). “As pessoas que praticam com um chicote de cauda individual, muitas vezes, começam com um travesseiro ou algum objeto pequeno distante, como um interruptor de luz”, diz ela.
22. E existem alguns lugares que você definitivamente não quer chicotear.
Como os olhos, obviamente. Ou a região dos rins. “A pele é fina lá e você tem órgãos vitais sob lá. Você pode machucar seus rins”, explica Brame.
23. Se você quer levar isso ao seu relacionamento atual, absolutamente o faça.
“Há muitas histórias por aí de pessoas que estavam muito nervosas em apresentar essa ideia em seu relacionamento e, em seguida, descobriram que seu parceiro tinha a mesma fantasia”, diz Thorn. Se você está nervoso sobre isso, pergunte se eles estariam interessados em verificar se um determinado livro ou oficina sobre a qual você ouviu falar. Ou apenas fale sobre isso no contexto de fantasias sexuais, perguntando ao seu parceiro se ele já experimentou algo parecido com BDSM ou se ele já quis. Se você pensar bem, está apenas arriscando uma conversa estranha, e a recompensa pode ser enorme se isso é algo que você quer em sua vida.
24. Há uma lista imensamente útil de profissionais cientes desta prática, então você pode encontrar um doutor ou terapeuta que compreende exclusivamente o seu estilo de vida.
Talvez você esteja preocupado que o seu ginecologista ou o seu advogado não entenderá seu estilo de vida ou não permitirá que você se sinta à vontade para falar sobre isso. Confira a Lista de Profissionais Cientes da Perversão da Coalizão Nacional para a Liberdade Sexual, para encontrar alguém que terá uma melhor aceitação.
25. Basicamente, isso é diferente do que a maioria das pessoas acha.
Entre os estereótipos, pornografia e 50 Tons de Cinza, há uma série de equívocos sobre o BDSM. Sem participar de uma oficina ou visitar uma dominatrix, a melhor maneira de aprender mais sobre isso é fazendo alguma pesquisa. “Assim como com o sexo normal, se você quer ser bom no que faz, você realmente tem que aprender sobre o que está se passando quando essas coisas estão acontecendo”, diz Brame.
Fonte: https://www.buzzfeed.com/caseygueren/25-fatos-sobre-o-bdsm-que-voco-nao-vai-aprender-em?utm_term=.euN6wzQjn&ref=mobile_share#.xwM6bA5qo
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